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Pequenas Análises Para Grandes Filmes ( ou quase) #9: Volta ao mundo

Recentemente, uma coisa que eu percebi é a dominância de filmes americanos, nacionais e britânicos no meu blog, obviamente isso por si só não é ruim, mas resolvi assistir filmes de outras nacionalidades, mas tendo como ponto de partida um filme nacional e depois falando de filmes outros lugares; então vamos começar: 

Marido de mulher boa (1960/dir. JB Tanko)
País: Brasil


Todo mundo está cansado de saber, mas a Herbert Riches, conhecida por seu estúdio de dublagens, também produzia filmes, um deles é um dos mais famosos do cinema nacional, Vidas Secas, mas claro que não será esse que eu irei falar, hoje vou comentar sobre essa típica comédia dos anos 50 "Marido De Mulher Boa".

O roteiro é simplesmente bem arrumadinho e bem arranjado, comum e essencial para as comédias de confusão funcionarem, os atores se destacam principalmente o Zé Trindade e a Renata Fronzi, ambos muito bem.

A única coisa que não curti foi que eles tiveram que arranjar um bizarro Sub-plot sobre casamento que dura apenas 3 minutos no longa todo e que poderia ser facilmente retirado (mas provavelmente está lá pois é um filme que fala muito sobre infidelidade e para não ser mal visto adicionariam esse arco) e o final, que não me agradou muito mas que não estraga o filme, é bem divertido e a direção de Tanko (o mesmo que dirigiu muitos filmes dos trapalhões, entre eles, Saltimbancos Trapalhões) consegue trazer um bom ar cômico para a história.


O Signo de Vênus (1955/ Dir. Dini Rissi)

País: Itália 

Uma comédia de humor ácido italiano dos anos 50 é uma escolha estranha de filme para assistir, porém estava na netflix então eu pensei: hum por quê não?

O filme começa muito bem , gosto dos personagens da Franca Valeri e da Sophia Loren, tem umas cenas e diálogos engraçados, estranho é quando vai para o meio, o filme começa a se arrastar bem mais, o romance não funciona e o final é meio frustante, mas ei, tem essa cena:

Elisa e Marcela (2017/ Dir. Isabel Coixet)
País: Espanha

Eu já conhecia a história icônica de Elisa e Marcela (o casal lésbico que conseguiu se casar na igreja com uma delas se disfarçando de homem), mas apenas conhecia de forma superficial e nem sabia direito aonde tinha ocorrido a história.

O que temos aqui é um filme com uma fotografia exuberante e linda junto com duas atrizes que mandam muito bem, a Natalia de Molina e Greta Fernández , especialmente as cenas das cartas e no primeiro e terceiro ato.

O problema maior desse filme é que tem muita cena de sexo, não tinha visto problema no primeiro, mas quando já estava na quarta cena de sexo explícito quase que uma na sequência da outra, comecei a pensar o que raios estava passando na cabeça da diretora, mas quando o filme para de ser um soft porn lésbico e começa a focar na história da Marcela se disfarçando de homem a coisa flui bem melhor, o drama fica mais consistente e você quer saber o que vai acontecer com essas pobres mulheres, que no fim só queriam ficar juntas.

                       ⚫

Bem, esse post foi curto mas foi apenas para não deixar o blog sem um mês de postagem, tenho outros blogs no forno então isso não voltará a acontecer, até a próxima.

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