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Pequenas análises para grandes filmes (ou quase) #8: Musicais parte 2

Bem vindo para o primeiro "Pequenas Análises Para Grandes Filmes ( ou quase)" de 2021, espero que tenham um fabuloso e fantástico ano, e nada como falar sobre musicais, a categoria mais animada de todas, e essa já é a parte 2 (já fiz outra edição de Pequenas Análises sobre musicais) e hoje irei fazer quase da forma contrária que fiz no anterior, irei falar de um musical bem desconhecido e de dois bem famosos, então vamos falar de musical!!!

A Moreninha (1970 - Dir: Glauco Mirko Laurelli) 
Resolvi assistir esse filme ao saber que o elenco contava com Sônia Braga, e devo admitir que me espantei ao perceber que era um musical e um musical com uma bizarra direção que lembra 
filmes dos anos 60 do mesmo gênero.

E as músicas são boas?
A maioria não, elas soam apenas estranhas para mim, porém tiveram sim algumas canções bem interessantes e legais.

É interessante que mesmo sendo um musical bem não convecional (se for o relacionar ao tempo que se passa a história e com a direção), ela continua bem fiel à obra original, essa, um romance da Burguesia carioca da época escravista no Brasil (na fase do romantismo), então como em muitos desses longas que pensavam mais na fidelidade á obra original, além de ser bem engessado, o filme tem vários estereótipos que hoje em dia são considerados (com toda razão) errados, principalmente relacionado aos escravos, isso parece ser colocado no filme pela tentativa de ser fieldigna á obra original, porém não posso dizer isso com 100% de veracidade pois não li o livro.

A melhor coisa é a Vera Manhães que faz uma boa personagem, mas com pouco destaque e a Sônia Braga que tá divertidíssima nesse papel, no mais, é um filme com propostas interessantes, mas ainda mega engessado, no estilo de filme para vestibular, mesmo sendo um musical.



Little Shop Of Horrors (1986 - Dir: Frank Oz) 
Um dos primeiros musicais do Ashman em parceria com o Alan Menken é uma comédia ácida muito divertida e com bons pontos dramáticos, eu amei a maioria das músicas, principalmente "Suddenly Seyoumr" "Dentist" "Somewhere thats green" e "Skid Row" , todas elas mostrando como a parceria de Ashman com Menken era uma das  parcerias mais produtivas da Broadway, junto com Andrew Lloyd Webber e Tim Rice.

Os atores são bons, Steve Martin faz um baita vilão, mas para mim o destaque fica a dupla formada por Ellen Greene e Rick Moranis eles estão ótimos e seu dueto de "suddenly seyoumr" é uma das melhores cenas do filme
Os efeitos práticos são simplesmente fantástico, principalmente no que diz respeito a planta alienígena, ele tem uma movimentação muito fluida e com um trabalho de montagem e dublagem muito boa.
O filme tem dois finais, o final que vi foi a do corte do diretor, que também é o final da peça original da Broadway, mas o outro final, que goi pros cinemas, mesmo sendo diferente não enfraquece o musical, um bom filme, com ótimas músicas, roteiro e críticas sociais.


The Prom (2020)
The Prom ( ou a Festa de formatura), é a primeira adptação original netflix de uma peça da Broadway, bem, originais netflix me deixam um pé atrás, principalmente quando vi que o James corden teria um papel bem grande no longa, mas até que eu gostei.

Mas vamos começar primeiro com os problemas do filne.

O plot do casal lésbico ( que causa o conflito do filme) fica estranhamente em segundo plano, focando nos fracassados da Broadway tentando ajudar o casal e enfrentando seus próprios demônios, acredito que isso se deve a ser fiel a peça original, mas eu creio que o  o diretor deveria ser mais corajoso e mudar o foco, tal qual aconteceu na adptação de Bye Bye Birdie de 1961, onde colocar o foco na personagem da Ann Margaret em foi um bom acerto (e nos faz gostar mais do subplot), E mesmo que  fosse para focar no grupo da broadway então que mostrasse os outros dois, Nicole Kidman (sim ela tá nesse filme) e Andrew Rannells aparecem muito pouco, sendo praticamente figurantes de luxo, mesmo eles fazendo as melhores cenas do longa, tal como o casal feito por Jon Ellen Pellman e Ariana DeBose.
James corden tá fraco nas cenas dramáticas e bizarramente tem mais tempo de tela do que eu pensava, e mesmo amando a Merly Streep eu não gostei do seu personagem e ela tem um bom tempo de tela que poderia ser preenchido para os outros atores.


Mas falando das coisas boas, a direção de Ryan Murphy  é bem legal e divertida nas cenas musicais, como em ,"Love thy neighbor" e " Zaaz" além de eu ter gostado da maioria das canções e dos cantores, as cenas mais dramáticas funcionam com a personagem da Jon Ellen mas não tanto com o James corden e acho que se fosse para focar no drama da Merly streep,  seria melhor focar no seus fracassos na Broadway que seria uma saída melhor que na separação conjugal da personagem.

Porém me diverti muito com o longa, é bem divertido e acho um bom ponto da netflix em seus blockbusters originais, que a cada dia ficam mais engessados.

                        .


E bem, esses foram os filmes que escolhi falar hoje, caso tenha uma sugestão, saiba que os comentários estão abertos, até a próxima.


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